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UM ARTISTA DE VANGUARDA

Luciano Ladeira é um compositor, cantor, multi-instrumentista, artista plástico e arte-educador nascido na cidade de São Paulo em 31 de julho de 1976.

Lecionou como professor de História da Arte para o ensino fundamental, realizou laboratórios de Artes para pessoas com deficiência e, em 1999, formou-se em Educação Artística e Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo.

Como artista plástico ganhou prêmios de aquarela, arte-conceitual e instalação artística e desenvolveu capas para livros e CDs.

Também trabalhou como produtor musical em festivais de blues e jazz e shows de artistas como BB King, Steve Vai, John Pizzarelli, Stanley Jordan, Joss Stone, Titãs, Os Paralamas do Sucesso, Gilberto Gil, Toquinho, Hermeto Pascoal, João Bosco, entre muitos outros.

Mudou-se em 2010 para Belo Horizonte, onde atua como músico, compositor, produtor e professor de diversas modalidades musicais para crianças, adolescentes e adultos.

 

 

1990's


Luciano Ladeira iniciou sua carreira musical em 1994 como baterista do Hoperath, banda que formou com Ale Robortella (guitarra e voz), Ricardo Mira (guitarra e voz) e Henrique Migliano (contrabaixo). Juntos, conquistaram diversos prêmios em festivais de música independente e figuraram entre as bandas proeminentes da cena paulistana.

Em 1994 o Hoperath lançou o seu primeiro EP com quatro músicas, intitulado “THE PAPPON SESSIONS”. A banda, que trazia um som 'nervoso' calcado em poderosos riffs de guitarra e uma bateria inquietante que rendeu a Luciano Ladeira o apelido “Locomotiva”, logo começou a se destacar nos colégios e festivais universitários.

Em 1995 o quarteto lançou seu primeiro álbum, “HOPERATH” (também conhecido como “Four Hands”), onde já mostrava um som mais bem trabalhado e a nítida influência do rock progressivo em suas composições, se aventurando por longas sessões instrumentais. A música “Batman” ficou entre as quinze selecionadas para o álbum “FALANGE ROCK”, uma coletânea anual produzida pelo Artium Estúdios.

No mesmo ano Luciano Ladeira gravou o seu primeiro trabalho individual, o EP “THAT SOMETHING”, com Henrique Migliano (contrabaixo e gaita) e Alex Buck (piano). Assumindo não só as baquetas, mas também os vocais, violões e a produção, o artista demonstrou que ser baterista de uma banda não era o suficiente para ele e, a partir desse momento, começou a traçar um caminho musical paralelo e independente.

Em 1997 o Hoperath lançou o seu trabalho mais emblemático, o álbum “INTERFERENCE”, que chamou a atenção da crítica internacional e colocou o grupo no cenário do Heavy Metal Progressivo dos anos 90.

Em 1998 a banda lançou “Música das Águas”, sua primeira composição com letra em português. A música integrou a coletânea “ELENKO FAST BAND” junto com outras nove bandas e deixou claro que o Hoperath buscava respirar novos ares.

Ainda em 1998 Luciano Ladeira lançou o seu segundo álbum solo, “SINAIS”, com composições poéticas que já evidenciavam uma forte inclinação espiritual e o seu interesse por assuntos como ufologia e culturas ancestrais. Tais temas se tornariam recorrentes e cada vez mais presentes em sua obra. O álbum contou com a participação de Daniel Lemos (marimba), Marcos Fló (contrabaixo acústico) e Igara Paquola (rabeca) e, em 2004, foi considerado o 5o melhor álbum nacional do gênero pelo site rockprogressivo.com.br.

Em 1999 Henrique Migliano deixava o Hoperath. A banda passou a contar com Thiago Martinez no baixo e então gravou seu último álbum, “FANÁTICOS”. O trabalho dividiu opiniões por conta de seu estilo, que se distanciava das composições anteriores da banda ao passo que se aproximava de uma MPB mais engajada.

Em dezembro do mesmo ano a banda anunciou o encerramento de suas atividades e Luciano Ladeira passou a se dedicar à sua carreira solo.
 

2000's


Em 2000 Luciano Ladeira lançou seu terceiro trabalho, “BATERIA DE GAIA”. Com participação especial do saxofonista norte-americano Jay Beckenstein, esse álbum ousado e com faixas mais longas firmou o artista como um nome promissor para a música progressiva do novo milênio.

O músico chegou a formar uma banda, o Grupo do Sol, mas, após alguns meses de ensaios, optou por levar ao palco a essência da “banda de um homem só” contida em seus álbuns, mostrando sua habilidade para cantar e tocar, ao mesmo tempo, uma bateria, um violão e uma infinidade de objetos percussivos.

Ainda em 2000, Ladeira foi vocalista e letrista do Terra Incógnita, banda de rock progressivo formada por Felipe Crema (teclados), Marcelo “Ursão” (bateria), David Lawant (guitarra), Gisele Fagali (guitarra) e Humberto Valdivia (contrabaixo). Em sua meteórica passagem pelo planeta Terra, o grupo se destacou em alguns festivais da USP e lançou, em janeiro de 2001, o álbum “TERRA INCÓGNITA”, seguido, seis meses depois, pelo single “AS CRIANÇAS ESTÃO BRINCANDO.

Em 2002 Luciano Ladeira lançou “USARU”, um álbum mais ‘pop’ e universal construído sob forte influência da música africana. Com letras sobre o amor e a diversidade e participações vocais de Daniela Smania e Juliana Kallas, “USARU” projetou o artista além da música progressiva, colocando-o também no cenário da World Music e da MPB.


Em 2003, uma parceria com Ale Robortella (ex-companheiro de banda e eterno 'irmão' musical) rendeu o compacto “VERDE”, com três belíssimas composições.

Em 2004 o compositor lançou “UNVISITED”, uma coletânea de gravações inéditas realizadas entre 1996 e 2003.

Entre 2004 e 2005 Luciano Ladeira dedicou-se inteiramente aos palcos, levando o show “Música Viva” para ruas, praças, livrarias, teatros e arenas de algumas capitais e interior do Brasil.

Entre 2005 e 2006, novamente ao lado de Ale Robortella, desenvolveu um projeto intitulado “Tributo ao Clube da Esquina e Seus Afluentes”, que trazia no repertório obras consagradas de compositores como Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Sá, Rodrix e Guarabyra, Boca Livre, 14 Bis e Roupa Nova, entre outros. O espetáculo fez muito sucesso em casas tradicionais de São Paulo e ficou em cartaz durante 9 meses no bairro boêmio da Vila Madalena, atraindo um público cada vez mais fiel.

Em 2006 o compositor gravou “MUITO ALÉM DAS SETE CORES”, um álbum acústico com roupagem jazzística e letras sobre ecologia e preservação ambiental. Esse trabalho revelou um artista maduro e erudito e representa um importante marco em sua trajetória.


No mesmo período, Luciano Ladeira participou como baterista em três faixas do álbum “TRILHA PRÁ CANTAR”, de Ale Robortella, e em uma faixa do álbum “GQ6”, do contrabaixista Marcos Fló.

Ainda em 2006, o músico comemorou dez anos de carreira com o show “O Rio”. Acompanhado por seu kit multi-instrumental (que continha partes de uma bateria, percussões, flautas e violão) e pelo contrabaixista Marcos Fló (fã declarado de seu trabalho), sua música ganhava nos palcos a dimensão de um ‘power trio’. Desse registro nasceu o álbum “DUO” (2006). Houve ainda uma formação de quinteto, com Ale Robortella (violão), Arnaldo Duarte (bateria) e João Nepomuceno (guitarra). Juntos, se apresentaram para um teatro lotado no Centro Cultural São Paulo, espetáculo que deu origem ao CD e DVD “QUINTETO” (2007).

Em 2009 Luciano Ladeira gravou “ORACULO”, um trabalho poético e intimista no qual o artista dialoga com ritmos brasileiros e explora elementos da música folclórica sul-americana.

 

2010's

Em dezembro de 2010 Luciano Ladeira se mudou para Minas Gerais, um dos mais importantes berços da cultura brasileira. Estabelecendo-se em Belo Horizonte, cidade que viu nascer o Clube da Esquina, o artista teve a oportunidade de expandir o seu leque criativo e trilhar novos caminhos musicais.


Entre 2011 e 2012 o compositor criou diversas trilhas sonoras para televisão e cinema.  Tais temas estão presentes em importantes eventos esportivos, culturais e sócio-ambientais como a Copa do Mundo FIFA 2014, o Tricentenário de Vila Rica e a recuperação da Lagoa de Ibirité, em Minas Gerais, e foram reunidos, em 2012, no álbum “NAS TRILHAS DE MINAS”.

 

Em 2012, com o objetivo de levar aos palcos toda a complexidade de sua música, Luciano Ladeira criou a banda-conceito The Progressive Mob e, entre 2013 e 2017, realizou uma série de apresentações acompanhado por jovens estudantes de música em um projeto intitulado “The Progressive Mob Goes to School”, uma parceria entre o artista e escolas de música de Belo Horizonte.

Em 2016 o músico lançou “ELASTICA”, um álbum mais pesado, agressivo e essencialmente voltado ao rock. Com letras ácidas e um tom sarcástico, o artista demonstrou, uma vez mais, a facilidade que tem de se reinventar e a enorme pluralidade de seu vocabulário musical.

Nos anos seguintes Luciano Ladeira escreveu uma série de canções com maior apelo comercial e letras que mostram um artista mais sentimental, lançando em 2017 o single “NOSSO AMOR”, em 2018 os singles “TÃO SUTIL”, “MY RELIGION” e “MOTHER” (três canções dedicadas à sua mãe, que veio a falecer no início daquele ano) e em 2019 o single “CROP CIRCLE”, que conduziu o compositor de volta às suas raízes experimentais.

 

2020's

Em 2020, durante a pandemia de Covid-19, Luciano Ladeira compôs a suíte-sinfônica “AMAZONIA”. Com participação especial de Gaia Ladeira (filha do compositor) nos vocais, essa obra-prima de proporções épicas e repleta de paixão resgatou a veia progressiva do compositor, reafirmando a direção de seu trabalho.

 

Em 2021, junto com Ale Robortella e Henrique Migliano, produziu uma música inédita da banda Hoperath. “IN THE NAME OF” traz todo o vigor e peso dos primeiros trabalhos da banda e reaviva uma parceria musical que se iniciou em 1994.

Em 2022 Luciano Ladeira lançou A TRIP INTO OUTBODY, um álbum instrumental e virtuoso voltado ao Fusion e ao Jazz Rock no qual o músico se dedica a longas improvisações e dá total liberdade a cada um dos “instrumentistas” presentes na The Onemanband, sua banda de um homem só que, apesar de estar presente em toda a sua obra, aparece pela primeira vez creditada na capa.

 

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Sem repetir fórmulas, a música de Luciano Ladeira foi considerada pela crítica “laboratório de desenvolvimento para uma arte de vanguarda, rica em malabarismos rítmicos e letras que convidam a uma reflexão sobre nossa existência” (O Estado de S. Paulo).

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